O treinamento é feito sentado em uma poltrona, com eletrodos que são grudados na cabeça com uma pasta facilmente lavável. São colocados em média 5 eletrodos. A atividade elétrica do cérebro é captada pelos eletrodos que conduzem o sinal para um aparelho que o amplifica e filtra. O sinal é então repassado para o computador que termina o processamento e apresenta em uma tela (feedback) a tarefa que o cliente deve fazer, baseado na sua atividade cerebral.
O neurofeedback não dói, pois os eletrodos são apenas grudados no couro cabeludo. A atividade elétrica que o cérebro do cliente produz é registrada mas nenhuma corrente elétrica é injetada na pessoa. Não são colocadas agulhas para retirar qualquer tipo de material e nenhum medicamento é prescrito.
Os efeitos do neurofeedback podem ser sentidos logo depois do treino em alguns aspectos, ou apenas depois de várias sessões em outros. Alívio do estresse e ansiedade pode ser obtido a curto prazo, com algumas sessões. A depressão demanda treinamento a mais longo prazo, chegando a meses. A qualidade do sono pode melhorar desde a primeira sessão, dependendo da causa.
Independentemente do efeito ocorrer logo é recomendável repetir os treinos para que o novo padrão seja incorporado, estabilizado e permaneça como uma nova forma de processamento cerebral e de comportamento. Assim, o mais comum é os treinos terem um mínimo de 10 sessões até 30 ou 40 sessões para os casos mais resistentes. Tem pessoas que fazem recorrentemente sessões mais espaçadas, como manutenção, da mesma forma que é feito com a acupuntura.
O treinamento com neurofeedback é um procedimento sofisticado e trabalhoso. Por isso, demanda um investimento aproximado ao de uma psicoterapia. Todavia, pode ser vantajoso na medida que os treinamentos não são feitos a vida toda. Uma vez incorporados, os treinamentos podem ser reduzidos ou interrompidos e o cliente continua com os seus benefícios. Em relação ao tratamento farmacológicos as vantagens são não só financeiras, pois a medicação não tem a proposta de resolver o problema, mas mitigá-lo, sendo necessária pelo resto da vida. O neurofeedback pode, em alguns casos, solucionar o problema.
Pode existir efeitos indesejáveis se os treinos não forem feitos da forma correta. Uma vez baseado na literatura científica ou em um mapeamento cerebral (análise matemática) bem executado, é muito improvável um efeito indesejável com treinamento de neurofeedback.
Sim, o neurofeedback tem eficiência e especificidade cientificamente comprovada para muitas funções. Algumas ainda estão sendo estudadas, com perspectivas promissoras e outras precisam ainda estudos iniciais, visto que este é um ramo relativamente novo na clínica e na ciência. A eficácia do neurofeedback para tratar sintomas de TDAH, ansiedade, depressão, estresse pós-traumático, alguns casos de epilepsia e alguns casos de dores crônicas são bem abordados cientificamentes e com comprovação de sua eficácia.
Não, o neurofeedback pode ser feito por qualquer pessoa, mesmo que não tenha um sintoma indesejável que queira se livrar.
O neurofeedback é uma terapia que pode ser usada para melhorar o funcionamento cerebral em geral, não apenas para tratar condições específicas. Pessoas que desejam ter uma reação mais positiva diante das demandas da vida, sem se estressar e recuar diante delas, podem ter bons benefícios com o treinamento.
Além disso, o neurofeedback pode ser útil para pessoas que são submetidas a altas demandas profissionais ou no gerenciamento dos negócios. O treinamento pode ajudar essas pessoas a poupar a saúde, viver mais equilibradamente e ter mais satisfação no que fazem.
Por fim, o neurofeedback pode melhorar as relações pessoais. Uma estabilidade emocional mais favorável pode levar a uma harmonia familiar, de casais, ou entre irmãos ou amigos.